Eu imploro, vai embora logo, Outubro

Este mês foi ingrato. Não, ingrato é exagero da minha parte, mas assim, me decepcionei, fica melhor colocado. Me decepcionei com uma pessoa que eu julgava as melhor e que se revelou um 'ator', pois me fez mudar completamente minha opinião em um ato, que foi tão irrelevante e ela colocou num pedestal.
Mas como esta pessoa não merece nenhuma que parta de mim, não escreverei este post dedicado à ela...
No mais, a ansiedade me assombra as vezes, e como num poema que li, "yo si pudiera, tendría más problemas reales y menos imaginarios".
Quero logo que Outubro se vá carregando toda ansiedade que vivi nele e todas as coisas ruins que senti, espero que Novembro me traga paz, um sorriso que diga 'estou bem, obrigada' e algo novo.
A novidade é o que há de melhor a se esperar...

O dia em que ganhei um Talismán

Não costumo fazer crônicas, embora eu goste muito do gênero. Mas vou arriscar, quem sabe não me contratam pra escrever em algum jornal sobre "as coisas inesperadas do cotidiano".

Nessa sexta-feira, dia 8/10, cheguei da faculdade com meu habitual bom humor, afinal, na mesma noite teria o baile de formatura do meu irmão pra ir, isso significava que eu beberia pró-seco e dançaria a noite toda. Estava ansiosa e animada e este estado se refletia na minha trilha musical que estava no carro, somente com música eletrônica (Pa Panamericano!)

O fato foi que, ao estacionar o carro na garagem, Jorge, o porteiro, veio me entregar uma encomenda que haviam deixado pra mim no começo da tarde. A pessoa não se identificou, mas disse que era pra entregar pra Juliana do 1501. Então tá né...

A encomenda se constituia de uma caixa de uma loja de roupa, com uma barra de chocolate e um singelo bilhete: " Nunca você saio de mim. Somente me atrassei. Bjs (sic)". Reproduzi na íntegra.

Segundo as descrições de Jorge, o anônimo já havia vindo a minha casa várias vezes, estava num celta Preto( embora eu creia que ele possa ter se confundido, but...).

A descrição se seguia, era um cara não muito alto, com cabelos pretos e lisos e que Jorge já conhecia de vista, pelas outras vezes que o dito-cujo havia estado no prédio. Medo.

Enquanto me arrumava, me enfeitava toda e me maquiava, repassava mentalmente alguns rostos masculinos na minha cabeçinha, mas sem sucesso. Minhas amigas me indicaram alguns nomes, mas eu não botei fé na pessoa cogitada para este tipo de "surpresa".

Bom, fui ao baile, linda e louca, quem quiser que se apresentasse ou mandasse sinal de fumaça pra minha pessoa, já que o feriado foi até a terça-feira, dia 12.

No fim das contas, eu sai quase todos os dias, a caixa olhava pra mim, eu pra ela, mas nem me aproximei. Até que na segunda-feira me encontrei com minhas amigas na casa de uma delas, onde levei a distinta caixa e onde tomamos coragem pra comer toda a barra!!!!

Enfim, a história foi cômica, mas do fundo do meu coração, caso a pessoa leia esta página, faça um favor: identifique-se para a minha pessoa, porque eu ainda não posso adivinhar.

Os ciclos

Nem a água fria, nem as lembranças, nem mais nada.
Somente eu e pensamentos e atos dos quais não me arrependo, mas cujo presente eu posso mudar.
Sábias foram as palavras que uma amiga minha escreveu certa vez em seu blog.
Dizia mais ou menos assim:

"começa a fixar-se em mim a noção de que a vida não passa de um repetir de ciclos: depositar confiança nas pessoas, alimentar expectativas acerca das coisas e das relações humanas, e posteriormente quebrar a cara. Over and over again."

Racional?

Minha racionalidade sempre me surpreendeu, e continua me surpreender.
Desde que resolvi me permitir, confesso, a vida tem me surpeendido.
Como disse Lulu Santos:

"Não há tempo que volte amor. Então vamos viver tudo o que há pra viver. Vamos nos permitir"